Separeolixo.com – informações sobre a conscientização ambiental
Está na web o site “Separe o lixo e acerte na lata”, da campanha nacional do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para conscientizar a população brasileira sobre o valor da coleta seletiva. O projeto reúne informações sobre a maneira correta de se separar o lixo e a importância da prática.
O site é divido nas seções A campanha; Como Separar; e Mobilização; onde é possível obter informações sobre o objetivo da campanha, a forma correta de separação do lixo (principalmente o lixo seco do lixo úmido) e os locais onde estão sendo feitas as mobilizações sobre a campanha. Há também uma área com respostas a perguntas mais frequentes.
O Separe o lixo e acerte na lata possui também fotos sobre o evento de lançamento da campanha com abertura da exposição “Imagens do Lixo” do artista Vik Muniz. O site ainda possui uma área que aborda a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
No hotsite serão divulgadas informações que estimulem a reciclagem, valorizem o trabalho dos catadores e destaquem as ações do programa de erradicação da miséria voltadas para geração de emprego e renda às famílias desses trabalhadores.
Os internautas também podem olhar as peças publicitárias que foram divulgadas em vários veículos de comunicação, além de irem para uma seção onde terão acesso também a matérias que foram divulgadas na mídia sobre a campanha.
Campanha “Separe o lixo e acerte na Lata”
O objetivo da campanha é preparar a sociedade brasileira para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o país.
No hotsite, as pessoas poderão acompanhar de perto a implantação da PNRS, um conjunto de metas que irão contribuir para a eliminação dos lixões (até 2014), e instituir instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual e municipal.
Além da mobilização da sociedade, a campanha do MMA sobre os resíduos sólidos pretende:
- Ressaltar a riqueza ambiental e social do lixo;
- Ensinar a correta separação do lixo úmido e seco;
- Demonstrar os impactos do lixo no meio ambiente;
- Informar sobre o valor ambiental e social do lixo;
- Estimular a prática do consumo consciente e a redução do volume de lixo;
- Divulgar as soluções propostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
A coleta seletiva está disponível em apenas 443 municípios dos mais de cinco mil existentes. De acordo com estudos elaborados pelo Ipea em 2010, o Brasil perde, anualmente, cerca de R$ 8 bilhões, por não fazer a reciclagem correta do seu lixo. Para debater essa realidade, a Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (5/7), uma audiência pública com o tema Soluções Inovadoras na Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Representando a ministra Izabella Teixeira, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Nabil Georges Bonduki, declarou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos é uma das prioridades do ministério, pois envolve todos os segmentos da sociedade.
Além da campanha nacional de educação ambiental, que já está
sendo veiculada nos meios de comunicação, ensinando a separação do lixo seco do úmido, o secretário destacou outros passos importantes como a elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo ele já estão sendo realizados convênios com os Estados e municípios para que cada um deles cuide da destinação do lixo. “Já foram feitos convênios com 17 municípios, que no futuro poderão gerar consórcios. Esses planos intermunicipais garantirão a destinação correta para os resíduos sólidos, além de representar um custo seis vezes menor para o Governo”, afirmou.
O secretário informou durante a audiência que a primeira versão do plano nacional de resíduos sólidos será finalizada em agosto para ser debatida a partir de setembro em seminários regionais. O texto final com a contribuição da sociedade será debatido em encontro nacional, promovido pelo MMA, em 2012. O plano vai contemplar todos os tipos de resíduos sólidos, como os da construção civil, área da saúde, agropastoris e resíduos perigosos, entre outros.
Nabil Georges Bonduki lembrou ainda da criação do Comitê Orientador da Logística Reversa - a montagem de uma modelagem para que os os produtos gerados por algumas cadeias produtivas sejam efetivamente recolhidos, sob a responsabilidade dessa própria cadeia – produtores, importadores e comerciantes. O comitê é coordenado pelo MMA, e conta com a participação de técnicos de outros cinco ministérios: Saúde; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Fazenda. Entre as atribuições desses grupos de trabalho, está a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resíduos: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além de lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrônicos.
Às vésperas de completar um ano, a lei que estabelece benefícios para o consumidor que dispensar as sacolas plásticas nas compras entrou no rol daquelas que não pegaram no Estado do Rio. A lei 5.502/2009 – que estipula desconto de R$ 0,03 a cada cinco mercadorias carregadas de qualquer outra forma que não em sacolas plásticas, como bolsas de pano e caixas de papelão – fará aniversário no próximo dia 15 esquecida pela população. Numa ronda por supermercados da Zona Sul e no Centro do Rio feita na segunda-feira, O GLOBO constatou que, em média, apenas 10% dos consumidores usam bolsas retornáveis.
De acordo com a Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), são usados e descartados por mês, no estado, cerca de 200 milhões de sacos plásticos. Um dado que não merece qualquer comemoração: muitos ajudam a entupir redes de água e esgoto, ou colocam em risco a fauna de rios e lagoas.
Um dos principais motivos que justificariam a pequena adesão dos moradores do Rio à lei é o papel de destaque das sacolas plásticas no acondicionamento do lixo doméstico. O baixo valor do desconto previsto na lei também seria um fator de desestímulo, avaliam consumidores e varejistas. Curiosamente, apesar dos poucos avanços, os mercados não deixam a desejar no quesito divulgação: todos os quatro estabelecimentos visitados pelo GLOBO exibiam placas contendo o texto da lei.
Para o vice-presidente do conselho diretor da Asserj, Genival Beserra, uma solução seria a edição de uma nova lei, que determinasse a cobrança pelo uso das sacolas plásticas.
- Na Europa e nos Estados Unidos, a lei é um sucesso, porque cobra o uso, dói no bolso do consumidor. – diz ele. – Três centavos de desconto são um valor irrisório. A conscientização do consumidor é a responsável por uma redução na saída de sacolas plásticas de até 15% nos últimos anos no Rio. Não a lei.
Diante dos tímidos avanços, há quem aponte que faltam campanhas de conscientização. Subgerente de um mercado em Laranjeiras, Geílson de Souza acredita que, passada a empolgação inicial, a população não se lembra mais da lei.
- Por dia, saem oito mil sacolas plásticas somente na minha filial. E o número não tem diminuído nos últimos anos. Falta mais divulgação da lei. Ninguém se lembra dela – afirma Souza. – Como os sacos de lixo são muito caros, a sacolinha gratuita continua tendo forte apelo.
Opinião semelhante tem a fonoaudióloga Ana Maria Thomaz, adepta das sacolinhas:
- A lei é totalmente inócua. As sacolas são necessárias para receber o lixo do dia a dia. Na Europa, o material é biodegradável.
O autor da lei, atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, acredita ser cedo para afirmar que a lei não pegou. Mas admite que a ausência de campanhas maciças provoca resultados frustrantes.
- É importante ressaltar que a lei não proíbe nada, apenas incentiva a usar menos. No ano passado, os mercados reduziram em 25% a saída de sacolas plásticas. É uma economia de 500 milhões de toneladas por ano. Três centavos é pouco? É. Mas trata-se do valor da sacolinha. Se fosse mais, o mercado ia repassar o prejuízo ao consumidor – justifica Minc.
Embora considere que cobrar pelas sacolas seria uma medida impopular, Minc não descarta a possibilidade de discutir a questão no futuro.
- Vamos analisar qual seria a repercussão disso. O problema é que as sacolas biodegradáveis também poluem. Temos que avançar. Vamos fazer blitzes em mercados para ver se estão cumprindo (a lei). Sem campanhas de conscientização, a situação não se resolve.
Exceção num mar de desinformação e desinteresse, a advogada Kadja Brandão depositava as compras em “ecobags” num supermercado de Botafogo na tarde de ontem.
- Mudei os hábitos desde que os supermercados começaram a vender sacolas ecológicas. Sei que sou um caso à parte. Mas não concordo com a lei: o desconto é risível.
Municípios e estados brasileiros estão adotando leis bastante restritivas. É o caso de Belo Horizonte, por exemplo, onde foi editada a lei 9.529/2008, que entrou em vigor em abril passado e proíbe o uso de sacolas plásticas feitas de derivados do petróleo.
Para o chefe da Diretoria Técnica e Industrial da Comlurb, José Henrique Penido, o cerne da questão é o incentivo à reciclagem do plástico. Ele elogia o viés restritivo, e não proibitivo, da lei fluminense.
- A culpa não é da sacola plástica. É do seu descarte inadequado. O saco, em aterros sanitários, não causa nenhum problema. Na usina do Caju, inclusive, temos demanda muito grande de sacolas para reciclagem. E o fato de o plástico durar 200 anos é positivo, pois não libera carbono, gás do efeito estufa. Proibir as sacolas é um despropósito. A lei acerta ao tentar restringir, e não proibir.
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), só no ano passado o Brasil produziu cerca de 195 mil toneladas de resíduo sólido por dia. O destino desse lixo é um dos grandes problemas que o mundo enfrenta, pois os lixões e os aterros poluem os lençóis freáticos, além de atrair animais que transmitem doenças para as comunidades em torno dos depósitos de lixo. A incineração também não representa uma solução viável, já que libera dióxido de carbono (CO2) em grande quantidade e agride a camada de ozônio.
Pensando em uma alternativa sustentável, que não prejudicasse o meio ambiente, e aliasse educação a desenvolvimento, a turma de Tecnólogo em Saneamento Ambiental de 2011 e o professor Maurício Camargo, ambos do IFPA, criaram o Projeto Reciclar, que pretende conscientizar a comunidade do instituto e das redondezas e implantar um sistema de coleta seletiva visando o reaproveitamento do lixo.
O projeto é uma sugestão da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada em dezembro de 2010, que prevê a extinção dos lixões até 2014, e a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que prevê multa para quem não separar devidamente os resíduos.
Os alunos do projeto criaram dez dicas que podem ajudar a conscientizar para a causa ambiental. “São uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente, diminuir a utilização de recursos naturais, além de auxiliar na economia de materiais de escritório, por exemplo”, conta Rafael Sodré, aluno do IFPA e participante do projeto. As dicas são simples e podem transformar o atual cenário ambiental. Além disso, elas podem ser aplicadas em qualquer lugar.
A equipe do projeto está colando cartazes pelo Instituto Federal do Pará, entregando panfletos, ambos em papéis reciclados, divulgando as dicas de sustentabilidades aos servidores, visitantes e alunos. Segundo Rafael, o primeiro passo é conscientizar a comunidade do IFPA Campus Belém e da Reitoria e, simultaneamente, a comunidade do entorno. “Depois vamos implantar as lixeiras de coleta seletiva”, conta.
Enquanto acontece a campanha de conscientização, outros alunos da turma de Técnico em Design de Interiores, do IFPA, que também fazem parte do projeto, trabalham desenvolvendo o layout das lixeiras para a coleta seletiva.
Segundo o Rafael, os resultados serão percebidos a longo prazo, por isso é importante que a mobilização seja imediata. Depois da conscientização, a próxima etapa é a implantação de lixeiras de coleta seletiva, de dois tipo, lixo de escritório e lixo orgânico.
O material coletado será encaminhado para projetos de outras turmas, que vão desenvolver oficinas de reaproveitamento e reciclagem do lixo, voltadas para os alunos e à comunidade vizinha ao Campus Belém. Depois de reciclados, os materiais voltam a ser utilizados no IFPA, na forma de outros objetos. No caso das garrafas pet, quem faz o reaproveitamento é a turma do Projeto Oikos, do IFPA Campus Belém. As latinhas de alumínio são enviadas à turma de metalurgia. Assim, cada área contribui para preservação do ambiente.
Rafael Sodré, que participa do Projeto Reciclar, justifica a importância da mobilização: “Nós podemos observar no dia a dia uma série de problemas, como as encostas e a proliferação de doenças, que são ocasionadas pelo destino indevido do lixo. E nós somos os responsáveis por tudo isso. Então, esse projeto vem colaborar com a preservação do meio ambiente e auxiliar no bem-estar das pessoas”, esclarece.
O Projeto, que faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), conta com seis alunos e está em atividade desde abril de 2011. E o IFPA contribui aliando educação, ciência, tecnologia e sustentabilidade.
A série de interprogramas Consciente Coletivo ganhou o prêmio de melhor Série Ambiental para TV no XIII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado na cidade de Goiás, em Goiás, de 14 a 19 de junho. Uma parceria do Canal Futura com oInstituto Akatu e a HP Brasil, a série aborda o papel e o poder do consumidor, mostrando como hábitos de consumo saudáveis e conscientes podem reduzir os impactos no meio ambiente, na economia e na sociedade. A produção é da Giroscópio Filmes, empresa com expertise no desenvolvimento de peças de animação.
A mostra competitiva do Fica reuniu 30 produções, de sete países, em diferentes categorias, dentre elas melhor obra, melhor longa-metragem, melhor média-metragem, melhor curta-metragem e melhor série de TV. A série Consciente Coletivo levou o Troféu Bernardo Élis, entregue ao vencedor de melhor série televisiva.
A série Consciente Coletivo é composta de dez episódios, com cerca de dois minutos cada, que abordam temas relacionados ao consumo consciente para provocar reflexões acerca dos problemas gerados pelo atual ritmo de produção e consumo mundiais, além das possíveis contribuições do consumidor para a construção de um mundo mais sustentável. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, protagonismo, estilo de vida e outros que permeiam o universo do consumo consciente. Os vídeos também trazem uma dinâmica de narrativa circular, que simboliza processos contínuos de produção, distribuição, consumo, descarte e reciclagem.
Coleta seletiva é tema de nova campanha do Governo Federal
O Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, iniciou uma campanha nacional para conscientizar a população brasileira sobre o valor do lixo, como separá-lo adequadamente para gerar renda e emprego e de que maneira podemos utilizá-lo para preservar nossos recursos naturais.
Com a mensagem “Separe o lixo e acerte na lata”, a primeira etapa da campanha traz peças publicitárias que têm como personagem principal o lixo e tudo o que ele ainda pode oferecer: desde adubo e energia – para o caso dos resíduos úmidos -, até madeira sintética e tecido – através da reciclagem de garrafas pets e embalagens longa vida.
Para ser um participante ativo desta empreitada, é preciso saber como separar corretamente o lixo seco do lixo úmido.
Facilitar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis e, consequentemente aumentar o nível de reciclagem no Brasil. Esse é o principal objetivo da primeira fase da campanha.
A separação, em casa, dos dois tipos de lixo – úmido e seco -, permite ao catador, principal aliado no processo de reciclagem, um acesso mais rápido e higiênico aos resíduos descartados. Mesmo que em sua cidade ainda não exista o serviço de coleta seletiva, este tipo inicial de separação faz parte do processo de educação ambiental e da mobilização da sociedade para solucionar o grave problema do lixo. E ainda permite ao Brasil economizar, por ano, cerca de R$ 8 bilhões, dinheiro perdido por não reciclar tudo que deve.
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Material reciclável
O lixo úmido (ou orgânico) é composto por restos de alimentos, cascas e ossos, pó de café e de chá, galhos e podas. Separados e reciclados, pode servir de adubo na produção agrícola ou como insumo para gerar energia.
O lixo seco, por sua vez, é todo o resíduo feito de papel (como caixas longa vida), vidro (potes de maionese), metal (latas de alumínio) e plástico (garrafas PET). Se limpos e separados corretamente, podem gerar emprego, renda e poupar recursos naturais. Com garrafas PET, por exemplo, é possível produzir madeira sintética ou um novo plástico.
Brasil vai sofrer ‘explosão’ de focos de queimada em 2011, diz governo
Com a proximidade do período de estiagem no Brasil, que começa em junho e segue até setembro, o governo federal prevê uma ‘explosão’ de queimadas em 2011, principalmente em Mato Grosso, estado responsável pelo maior índice de desmatamento neste ano.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pela gestão do Prevfogo, sistema nacional de prevenção aos incêndios florestais, áreas de mata nativa que foram derrubadas podem ser atingidas por incêndios clandestinos, no intuito de limpar terrenos para dar espaço à agricultura.
“A Região Centro-Oeste é a que mais poderá sofrer com isso. O fogo é a forma de manejo mais utilizada para limpeza de terrenos antes da implantação de pastagem. Mato Grosso poderá registrar mais ocorrências porque até agora é o estado que mais desmatou”, afirmou José Carlos Mendes de Morais, coordenador do Prevfogo.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dos 593,0 km² de desmatamento detectados entre março e abril na região da Amazônia legal, 480,3 km² ficam em Mato Grosso. Uma das regiões mais afetadas foi a fronteira entre o Cerrado e a Amazônia.
“Essas áreas estão embargadas e nada poderá ser feito porque houve o desmatamento ilegal. Nós aumentamos nossa fiscalização em Mato Grosso, onde há vários casos de fragilidade, e ainda analisamos ocorrências graves em Rondônia, Tocantins e Pará, estados que no ano passado registraram grandes quantidades de queimadas”, disse Morais.
O Prevfogo conta com 2.500 funcionários entre analistas, brigadistas e técnicos. “É um apoio do governo federal às esferas estadual e municipal no combate às queimadas”, complementou o coordenador do sistema de prevenção aos incêndios.
Dados – Levantamento feito pelo Ibama no estado de Rondônia já aponta um crescimento de 10% nos casos de queimada entre janeiro e junho deste ano. De 1º de janeiro a 13 de junho de 2010, foram registrados 306 focos de calor no estado.
No mesmo período de 2011 já são 338, principalmente nas margens de rodovias federais, o que dificulta o combate.
No Brasil, foram detectados por satélite 133.149 focos de incêndio no ano passado, a maioria concentrada em Mato Grosso (35 mil), Tocantins (18 mil) e Pará (17 mil).
“Isso acontece quando há pouca chuva. Não foi recorde histórico, mas acredito que este ano o número será bem maior em virtude do alto desmatamento”, afirmou o coordenador do Prevfogo.
Segundo Philip Fearnside, pesquisador de ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), áreas do estado do Amazonas também serão atingidas pelas queimadas, mas a partir de agosto.
“É a forma encontrada pelos agricultores para adicionar mais pH ao solo para a agropecuária. Sabemos que o avanço do desmatamento vai causar também o avanço nas queimadas, isto é fato”, disse o especialista.
O especialista afirma que grande parte dos animais e árvores não sobrevive aos incêndios ou simplesmente desaparece das áreas devido às poucas chances de regeneração. “Ainda estamos longe do pico dos incêndios e acredito que eles só vão aumentar ano após ano devido ao avanço na devastação das florestas”, disse Fearnside.
Grande Rio: um terço do esgoto ainda é despejado sem tratamento
A região metropolitana do Rio de Janeiro teve um avanço no que se refere à coleta e ao tratamento de esgoto nos últimos dez anos. No entanto, 31,5% do esgoto residencial produzido no Grande Rio ainda são jogados diretamente no meio ambiente e 19,3% das residências sequer têm acesso à rede coletora de esgoto, segundo dados de 2010.
As conclusões são do estudo “Desafios do Saneamento em Metrópoles da Copa 2014: Estudo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo o coordenador do estudo, Fernando Garcia, o número de domicílios atendidos por rede de esgoto passou de 2,08 milhões em 2000 para 3,17 milhões em 2010, ou seja, um aumento de 53%. O ritmo de crescimento, de 4,3% por ano, é ligeiramente superior à média nacional, que foi de 4,2% por ano no período.
Apesar desse avanço, ainda há 753 mil domicílios sem acesso à rede de esgoto, ou seja, 19,3% do total das residências do Grande Rio. Para Garcia, o quadro é ainda pior quando se avalia o tratamento do esgoto, mesmo daquele que é coletado pela rede.
O esgoto de 1,2 milhão de moradias não é tratado o que representa 31,5% do total produzido no Grande Rio. Em 11 dos 20 municípios da região, 100% do esgoto produzido são despejados diretamente no meio ambiente.
“Isso é preocupante porque tem um impacto na saúde e um impacto ambiental muito grande. Uma parte substantiva desse esgoto não coletado corre naturalmente para a Baía de Guanabara, isso tem um impacto ambiental que é muito severo, mas que pode ser recuperado num período relativamente curto de tempo”, disse.
Segundo o estudo da Fundação Getulio Vargas, seriam necessários R$ 250 milhões por ano, até 2014, para universalizar a coleta e o tratamento de esgoto na região metropolitana do Rio.
O ganho seria sentido não apenas no meio ambiente, mas também na qualidade de vida da população. A pesquisa da FGV estima que as vidas de 400 crianças seriam salvas por ano, com a consequente melhoria na saúde pública trazida pela universalização do saneamento básico.
“Se até lá [até a Copa] conseguirmos melhorar as condições de saúde da população, do meio ambiente, das praias, da Baía de Guanabara, os turistas que vamos receber nos próximos anos vão ter uma impressão muito melhor. Isso tem um efeito duradouro sobre o turismo e a renda. Além disso, haverá um ganho expressivo de qualidade de vida da população dessas regiões”, disse.
A universalização do saneamento no Grande Rio poderia também gerar um ganho de renda para as famílias, uma vez que, de acordo com a FGV, espera-se um crescimento da produtividade do trabalhador que vive em áreas com saneamento adequado. Segundo o estudo, estima-se que poderá haver um aumento de 2,6% da renda média da população na região, ou seja, R$ 443 milhões por mês.
Pneus de carros oficiais começam a ser reciclados na Bahia
A Bahia já começou a reciclar os pneus dos carros oficiais que circulam pelo estado. Na primeira coleta, foram 293 pneus recolhidos para reciclagem. A medida do governo do estado responde ao programa da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P), do ministério do Meio Ambiente (MMA), que pretende viabilizar o descarte inteligente dos materiais.
Foi através do convênio da Secretaria de Administração (Saeb) com a Associação Reciclanip (entidade sem fins lucrativos composta de empresas como a Bridgestone, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli) que a medida começou a ser praticada no estado que consome, em média, 12,5 mil pneus por ano, segundo o Sistema Integrado de Material, Patrimônio e Serviços da Bahia (Simpas).
“Além de oferecer um destino ecologicamente correto para os materiais descartados, o programa também prevê um monitoramento dos pneus da frota estadual, reduzindo o desgaste e aumentando a vida útil do produto”, afirmou o secretário da Administração, Manoel Vitório.
Monitoramento
Além da reciclagem dos pneus e da destinação correta para o processamento da borracha, a prática visa também o monitoramento dos pneumáticos pelo Estado, através do Sistema de Manutenção dos Veículos (SMV). O órgão vai acompanhar o consumo do pneumáticos desde a compra do material, com o objetivo de otimizar e ampliar seu uso, que é de aproximadamente 50 mil quilômetros rodados.
Brasil
Dos 63 milhões de pneus novos produzidos no Brasil ( número estimado pelaAnip) apenas 30 milhões deles são descartados corretamente. Segundo o Instituto Akatu, o restante dos pneus acabam propiciando doenças, como a dengue, ou servindo de matéria-prima para liberação de substâncias tóxicas.
A fim de melhorar esses números, tanto em questão de saúde pública como no meio ambiente, o MMA lançou esta proposta que, segundo o Reciclanip, já coletou e processou mais de 146 mil toneladas de pneus desgastados no país.
Central de resíduos no RJ vai beneficiar 100 catadores
A Caixa Econômica Federal vai financiar, com cerca de R$ 400 milhões, a Central de Tratamento de Resíduos Santa Rosa (CTR) de Seropédica, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O projeto prevê o encerramento dos lixões de Seropédica e Itaguaí e a implantação de um programa de assistência para cerca de 100 catadores da região.
As negociações para a concessão do financiamento estão em fase conclusiva, informou à Agência Brasil a gerente de Clientes e Negócios da Caixa, Denise Seabra.
A CTR de Seropédica começou a funcionar em abril deste ano. A unidade é uma concessão da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) à Ciclus, empresa responsável por sua operação. Além dos resíduos do Rio de Janeiro, a central receberá o lixo dos municípios de Itaguaí e Seropédica, transformando o biogás, que é um dos principais poluentes gerados pela decomposição do lixo, em ativo econômico.
Para fazer o monitoramento do empreendimento, a Caixa desenvolveu um conjunto de diretrizes sociais e ambientais que vai aplicar em todos os projetos de aterros sanitários e de crédito de carbono que financia. “Sob esse escopo, uma das questões que a gente tinha que desenvolver era o plano para os catadores”, explicou Seabra. Com isso, foi criado o Plano de Inserção Social de Catadores (Pisca), fruto de parceria com o Banco Mundial (Bird). A organização multilateral está transferindo a sua experiência de atuação no mercado de carbono à Caixa.
A Caixa está negociando com a Ciclus a comercialização dos créditos de carbono que forem gerados pela central de resíduos. Monitorado pela Caixa e pelo Bird, o projeto deverá ser replicado em outras regiões brasileiras.