21/05/2014 | por cleber

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América Latina terá 4,96 kt de lixo eletrônico até 2015

Via Terra/Computerworld

Ao longo das últimas duas décadas, a proliferação da tecnologia e a adoção generalizada de dispositivos eletrônicos, como computadores, televisores, rádios , telefones celulares, tablets e roteadores, levou a uma quantidade sem precedentes de lixo eletrônico, que, até 2015, deve atingir um total de 57,5 kt globalmente, segundo Sebastian Cabello, diretor da GSMA para América Latina. Só no continente,o lixo eletrônico, também conhecido como Resíduos de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos (RAEE), vai crescer 17,5 % nos próximos anos, de 4,22 kilotons (kt) em 2012 para 4,96 kt em 2015, de acordo com a Universidade das Nações Unidas (UNU).

Como parte de seus programas ambientais, de sustentabilidade e de responsabilidade social corporativa, as operadoras associadas à GSMA em toda a América Latina estabeleceram projetos de logística reversa para coletar, armazenar, classificar e descartar o lixo eletrônico. Ao mesmo tempo, as operadoras regionais estão investindo em usinas e programas de reciclagem , esforços de reflorestamento e campanhas de conscientização, entre outras atividades.

Os resultados destes programas estão compilados no relatório “eWaste in Latin America” (Lixo Eletrônico na América Latina, em português), divulgado nesta quarta-feira, 21/5. O documento destaca o papel fundamental que as operadoras móveis estão desempenhando para melhorar a gestão do lixo eletrônico por meio de uma série de projetos voluntários em toda a região. Entre as operadoras com iniciativas incluídas na nálise estão três brasileiras: Oi, Telefonica/Vivo e Tim.

Sefundo a GSMA, a Oi está investindo US$ 10 milhões em cinco usinas de reciclagem pertencentes ao programa Descarte Certo, que, em 2012, coletou 43,7 mil dispositivos móveis, baterias e carregadores de clientes. Juntas, Oi,  Telefônica/Vivo e TIM coletaram 90,6 toneladas de RAEE no Brasil durante 2012. No Peru, a Claro instalou 203 pontos de coleta em todo o país e reuniu mais de 58 mil itens entre 2010 e 2013.

“A maioria dos projetos detalhados no relatório foi implantada por meio de iniciativas individuais das operadoras, em grande parte, porque os países da América Latina carecem de marcos regulatórios específicos para tratamento do lixo eletrônico”, explicou Cabello. O executivo lembra que só nos últimos anos alguns países têm começado a criar e aplicar legislação adequada, como são os casos do Equador e Brasil. “É fundamental que as operadoras da região continuem seus esforços voluntários em torno de lixo eletrônico, mas que também trabalhem em estreita colaboração com os reguladores para desenvolver modelos transparentes e coordenados que levem em conta a responsabilidade dos diversos atores do setor. E, claro, temos de continuar a conscientizar o público para os riscos apresentados pelo eWaste e o impacto sobre o meio ambiente global”, afirma o executivo.

ANa opinião da GSMA, os países da região devem promover um debate acadêmico e amplo, com o objetivo de realizar marcos de regulamentação transparentes e coordenados. “É necessário facilitar a gestão adequada dos resíduos elétricos e eletrônicos, fomentar as melhores práticas para a reutilização e reciclagem, e aplicar a medição dos resultados obtidos”, afirma o relatório, lembrando que as normas devem ser desenvolvidas em conjunto com as empresas fabricantes, importadores, distribuidores, operadoras, prestadores de serviços e empresas administradoras de resíduos elétricos.

Além disso,a a GSMA considera essencial que as operadoras associadas continuem utilizando todos os canais de comunicação ao seu alcance para conscientizarseus clientes sobre a importância do tratamento adequado do eWaste. “É vital educar o usuário sobre a sua responsabilidade quanto ao descarte correto de artefatos móveis que utilizam e as alternativas que os programas ambientais e de sustentabilidade oferecem nos diferentes países”.

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