19/08/2011 | por cleber

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Governo Estadual apresenta projeto de urbanização de Gramacho

Síntese do drama social e ambiental do Estado do Rio de Janeiro, o bairro Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, será transformada em um modelo de cidade sustentável. O anúncio foi feito pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, durante o lançamento da Iniciativa Conjunta sobre Sustentabilidade Urbana entre o Ministério do Meio Ambiente e o Governo dos Estados Unidos, no Palácio do Itamaraty, no Centro do Rio.

Durante a cerimônia, Minc apresentou o projeto de reurbanização de Gramacho, onde funciona um aterro controlado, um dos mais graves passivos ambientais do estado. A reurbanização vai abranger pavimentação de ruas, construção de habitações, ciclovias e áreas de lazer, entre outras intervenções.

“Os próprios catadores vão participar da reconstrução da região que, atualmente, representa a síntese do drama ambiental e social do estado. Desde o início do ano, estamos nos reunindo com os catadores de Gramacho, prefeituras do Rio e de Duque de Caxias, governo federal e a iniciativa privada para discutir e definir ações de inclusão social da categoria após o encerramento das atividades desse lixão”, afirmou Minc.

O secretário reiterou que o governo estadual fez um levantamento na região e constatou que 2.500 catadores trabalham em Gramacho:

“Nós também criamos um grupo de trabalho para cuidar da saúde desses catadores. Fizemos uma pesquisa para identificar as doenças que acometem os catadores e suas famílias para, a partir daí, estabelecer ações que visem a proteger a saúde desses trabalhadores. Além disso, vamos assinar, nos próximos dias, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com a Petrobras, da ordem de R$ 1 bilhão. Parte desses recursos vai financiar a construção de galpões e de equipamentos para o trabalho de separação de material reciclável pelos catadores”, afirmou o secretário.

Segundo Minc, o projeto de urbanização sustentável do Jardim Gramacho será um dos cases ambientais apresentados na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, a ser realizada no Rio de Janeiro, de 28 de maio a 6 de junho de 2012.
No encontro no Palácio do Itamaraty, Minc voltou a defender o comprometimento dos países desenvolvidos no estabelecimento de metas de redução da emissão de gases do efeito estufa e reafirmou que a economia verde é um importante instrumento para alavancar o desenvolvimento sustentável.

“Anualmente são lançados mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, principal causador do aquecimento global. Vamos estabelecer ações para diminuir a intensidade de carbono na economia. Para isso, vamos trabalhar com três linhas de ação: de compensação; processos mais produtivos de eficiência energética; e atividades que não emitam carbono. A partir daí, serão criados projetos de redução de emissões de gases estufa”, acrescentou.

Iniciativa Conjunta sobre Sustentabilidade Urbana

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a administradora da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), Lisa Jackson, lançaram na manhã desta terça-feira a Iniciativa Conjunta sobre Sustentabilidade Urbana, em cerimônia no Palácio do Itamaraty, no Centro do Rio.

Trata-se da formalização de parceria entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para a elaboração de uma agenda com compromissos voltados para a redução da emissão de gases do efeito estufa, uso de energia solar, reuso da água e outras ações que visem a tornar as áreas urbanas mais sustentáveis.

“A projeção para 2050 é de que seremos 9 bilhões de habitantes, e pelo menos 2/3 dessas pessoas estarão residindo em áreas urbanas. Por isso é que precisamos estabelecer medidas para tornar as cidades mais sustentáveis. Essa parceria que estamos firmando hoje não visa somente a transformar o Rio em uma cidade sustentável para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas. O objetivo é tornar o Rio um exemplo de cidade sustentável para o planeta”, explicou Lisa Jackson.

Já a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou sobre a importância da Rio+20 para o país:

“A conferência será um marco. É o evento mais importante do Governo Dilma, do ponto de vista político. É uma oportunidade do país mostrar as perspectivas de desenvolvimento que temos com as questões ambientais e de sustentabilidade”, disse.

Participaram da cerimônia, entre outros, o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Muniz, que representou o prefeito do Rio, Eduardo Paes; o cônsul-geral dos EUA no Rio de Janeiro, Dennis Hearne; o embaixador dos EUA, Thomas Shannon; o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago; e o presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, Israel Klabin.

Fonte: Inea




Uma resposta a Governo Estadual apresenta projeto de urbanização de Gramacho

  1. Remziye disse:

    Equipe Ecomarapendi,Que o Rio de Janeiro precisa de um local aadeuqdo para depositar seu lixo ne3o temos a menor dfavida. Gramacho e9 um passivo ambiental que com certeza ne3o conseguire1 ser todo remediado e com certeza precisa ser encerrado. A leitora Rosangela este1 correta em muitos sentidos ( menos quando confunde aterro e lixe3o), o Rio de Janeiro no desespero e necessidade de arrumar um espae7o para seu lixo este1 depositando seu lixo (que ne3o e9 pouco ) em cima de uma regie3o de aquedfero e isso este1 sendo ignorado pelo discurso te9cnico do aterro sanite1rio.Mesmo seguindo todo o receitue1rio te9cnico necesse1rio para um aterro, o CTR ne3o poderia ser naquele local. Compreendo e concordo com a construe7e3o de aterros em consf3rcio e o RJ este1 conurbado com ve1rios municedpios sere1 que ne3o havia nenhum outro municedpio com condie7f5es melhores para a instalae7e3o desse CTR? Ou essa foi uma escolha politica, je1 que parte da prefeitura de Serope9dica ne3o reclamou sobre a localizae7e3o?Porque os professores da Universidade Rural ne3o foram chamados para falar sobre seus estudos na e1rea do aquedfero? Sere1 que no prf3prio municedpio de Serope9dica ne3o havia outra e1rea para a instalae7e3o do CTR? Bom as perguntas se3o muitas!!!O fato e9 que o CTR de Serope9dica je1 este1 em funcionamento e ne3o este1 seguindo todas as normas necesse1rias para a protee7e3o do aquedfero, como contatou professores da Universidade Rural em uma visita te9cnica ao CTR. A prefeitura junto com a COMLURB declararam que para o novo aterro seria ampliada a coleta seletiva na cidade, ate9 agora nada foi feito e a proposta da COMLURB e9 no minimo ridedcula.Eu sei e9 que ne3o adianta ficar nesse discurso de que se este1 construindo um aterro sanite1rio, quero e9 saber na pre1tica que problemas ele je1 este1 causando. Os moradores da regie3o je1 este3o reclamando que a poeira e o grande fluxo de caminhf5es este1 causando grandes transtornos para o bairro. Devemos lembrar tambe9m que esse modelo de enormes aterros sanite1rios tem demonstrado que o que se consegue e9 prejudicar a populae7e3o que mora prf3ximo e causar problemas ambientais indiretos na regie3o.Bom, o que eu queria registrar e9 que a realidade ne3o e9 te3o bonita e ambientalmente sustente1vel como o discurso.Gisele Cardoso ( Gef3grafa e Pesquisadora de Resedduos Sf3lidos)

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