08/08/2012 | por cleber

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Setor de resíduos sólidos no Brasil poder reduzir emissões de CO2

O setor de resíduos sólidos é um dos segmentos que mais pode contribuir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e tornar-se uma das menores fontes de emissões globais. É o que aponta um estudo financiado pelo governo da Holanda e desenvolvido em parceria com a ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e a NVRD – Associação Real Holandesa de Resíduos Sólidos sobre as emissões de CO2 emitidas pelo setor de resíduos no Brasil.

De acordo com o levantamento, se a reciclagem for intensificada e associada à implementação de tecnologias para recuperação de energia, é possível reduzir as emissões em até 57 milhões de toneladas de CO2, o que pode representar até US$ 1,71 bilhão, em 2030. “No atual cenário, em que a reciclagem é pouco representativa  e as soluções para recuperação energética do lixo ainda são incipientes, o setor de resíduos sólidos no Brasil já contribui para uma redução de 16 milhões de toneladas de CO2”, observa Carlos Silva Filho, diretor executivo da ABRELPE.

No âmbito europeu, o estudo mostra que, no período de 1999 a 2007, o setor de resíduos sólidos conseguiu reduzir de 69 para 32 milhões de toneladas as emissões de carbono, volume que representa uma contribuição de 18% da meta de redução estabelecida no protocolo de Kyoto. Na Holanda, especificamente, a reciclagem é responsável pela redução de 2 milhões de toneladas de CO2 por ano e economia de 20 PJ de energia (consumo interno bruto total em Petajoule dividido por petróleo, gás, carvão, fontes renováveis, nuclear, outras fontes de energia).

“Trata-se de uma evolução alcançada a partir da regulamentação e investimentos na gestão de resíduos, que contempla desde a prevenção, minimização da geração de lixo, reuso, reciclagem à recuperação de energia”, explica Silva Filho.

O levantamento também faz uma projeção de que, sem uma política de resíduos e a intensificação da reciclagem, mais de 90% dos resíduos gerados continuarão sendo destinados para disposição no solo. De acordo com a previsão, uma regulamentação ativa e eficaz do setor permitirá um cenário melhor, com a destinação de pouco mais de 50% dos resíduos sólidos gerados a aterros, e alcançará uma situação próxima do ideal com a implementação intensificada de ações de reciclagem, resultando na recuperação/reutilização de quase 100% dos resíduos, com destaque para a geração de energia, a partir do lixo, que representaria 30% das iniciativas, e uma destinação apenas de rejeitos para aterros sanitários.

“Na vanguarda de outros setores, o de resíduos sólidos tem desempenhado uma série de ações no sentido de reduzir os impactos negativos sobre o meio ambiente, principalmente no tocante às emissões de gases que causam o aquecimento global”, observa o diretor executivo da ABRELPE.

Fonte: Último Instante



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